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quarta-feira, 7 de abril de 2010

É verdade! Eu queria mesmo votar na Marina Silva

Nos últimos seis meses uma avalanche de informações especulativas da imprensa sobre a corrida presidencial chocalha o cérebro dos brasileiros diante a escolha dos candidatos ao Palácio do Planalto.




Com a desfiliação de Marina Silva do Partido dos Trabalhadores (PT) vi em sua pré-candidatura uma diferente opção à carência de aspirantes à presidência da república.



No entanto, ao sentir o sabor do desenrolar dessa campanha estou a ponto de colocar um ponto final em minha possível escolha ao primeiro turno das eleições.

Nem tudo que reluz é ouro. Esse provérbio, que aprendi ainda quando pia desabrocha perante atmosfera do Partido Verde (PV) e suas atitudes políticas, ideológicas e correligionárias para eleições de 26 de outubro de 2010.

Após a saída de Marina Silva ex-ministra do meio ambiente do PT, meu coração me guiou em poder votar em um sonho. Os méritos da militância, intelectualidade e a história dessa presidenciável são inquestionáveis frente a ótica social, contudo,suas atuais atitudes - talvez por influência dos verdes, obscura meu entender de uma posição da gestão-administrativa dessa dobradinha.

O PV brasileiro, que eu sempre enxerguei como um partido “giletão” parece cada vez mais de direita. Talvez eles sejam um novo PMDB. A impressão é que os verdes esqueceram completamente as disparidades existentes entre desenvolvimento e sustentabilidade, socialismo e capitalismo e empresários e trabalhadores.



Parcerias confusas

Diz a lenda que para governabilidade executiva parceria entre partidos com ideologias antogônicas precisam ser feitas. Os céticos sempre criticaram as alianças do presidente Lula com pessoas como José Sarney (PMDM). Mas qual a diferença então?



Nenhuma. Em São Paulo, os conclaves do partido verde assustam. Nesse último governo José Serra e Gilberto Kassab, os verdes defenderem os tucanos e os democratas explicitamente. No Rio de Janeiro, essa parceria firmada entre o deputado Fernando Gabeira e o PSDB para eleição do governo carioca é de arrepiar.



Não que a nível Federal possa se fazer qualquer tipo de aliança política. Os confusos conchaves do PT, por exemplo, impedem a reforma agrária ou uma maior rigidez na regulamentação do novo código forestal.

A impressão que se deu quando Marina Silva se desfliou do partido governista, até onde eu sei, foi motivada por essa e outras disparidades de conceitos que afetavam diretamente o Ministério do Meio Ambiente.

Gerir um dos três colégios eleitorais mais importantes do ponto vista econômico da Federação é de muita valia estratégica. Mas, chegar ao ápice de ser conivente a tecnocracia e a gestão neo-liberal elitista democrata-tucano é tenebroso e perigoso.

Na gestão Fernando Henrique os tucanos venderam nossas estatais alegando que elas traziam prejuízos aos cofres públicos. A companhia Vale do Rio Doce, por exemplo, que foi vendida no ano de 1997 pela bagatela de R$ 3,3 bilhões, no final de 2009 teve um lucro líquido de mais de R$ 10 bilhões.



Em companhia do inimigo

Parece que o PV veda os olhos sobre estagnação e o imperialismo da tucanagem nos últimos 20 anos de governo em São Paulo. Talvez, isso ocorra por causa do patrocínio do empresariado ao partido por causa da palavra da moda:“desenvolvimento sustentável”. Como exemplos temos o dono da Natura, Guilherme Leal como vice de Marina.



Quanto a companheira ambientalista, muito se falou sobre a sua soberania em ser gestora no plano de manejo político de seu atual partido às eleições 2010. Mas, por conhecer a sua história me pergunto: Por que esses equívocos em sua postura como líder dessa caravela verde?

Apesar de nacionalmente os verdes não firmarem parceiras com nenhum outro partido, as alianças direitistas estaduais, caso vençam , a chance de levá-las ao Palácio da

Alvorada são consideráveis.



Hoje a impressão que tenho é de que Marina é mais papagaio de pirata do PV do que Dilma de Lula. Minha razão me guia a votar em um plano de governo ao invés de votar

em um sonho. Mas, não descarto a possibilidade de no futuro votar na acreana que pra mim é um exemplo de vida, mas politicamente, no momento - não mais.