Mais uma vez o fantasma da censura adeja o cenário da comunicação brasileira. Nestes últimos dias, li tanta coisa contra a posição do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, (TJDF) que através do desembargador Dácio Vieira, proibiu o Grupo Estado de publicar reportagens sobre a Operação Faktor da Policia Federal que envolve investigações sobre a dinastia Sarney que fiquei a pensar.
Claro que o jornal o Estado de São Paulo levantou a bandeira nostálgica do período da ditadura, onde a liberdade de expressão era extremamente proibida. E, é lógico que toda imprensa foi solidária ao jornal e diferentes órgãos que lutam a favor da liberdade de imprensa manifestaram sua posição contra a justiça.
Eu abomino qualquer tipo de opressão. Sei da importância da liberdade de expressão e de imprensa e sua suma posição a mareação de qualquer regime democrático. No entanto, alguns pontos eu preciso manifestar.
Levando em consideração que o desembargador proibiu o Estadão de publicar informações sobre a Operação Barrica, o TJDF alega o que a vetar esse tipo de publicação pelo jornal?
Para quem não sabe, o que foi publicado pelo jornal corre em segredo de justiça, então a divulgação do conteúdo desse processo é proibido. E, talvez isso, foi o motivo pelo qual o departamento o jurídico do Estadão, até o presente momento, não entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a intervenção do TJDF em suas reportagens.
Uma análise conjuntural
Ontem, em uma conversa com o sindicalista chamado João Guilherme Vargas Netto, ele me fez entender o tamanho poder dos meios de comunicação no Brasil. E percebi, que diante estes quase oito anos de Governo Lula, como o cenário político nacional dialogou com a mídia e enxerguei como pouco mudou desde a derrubada de Collor pelos caras pintadas influenciados pela Globo.
A grande mídia tentou de todas as formas desestruturar o governo e, em partes, ela conseguiu. De uma forma voraz e continua, denuncias sobre os principais articuladores de Lula eram pautas manchetistas nas publicações dos rádios, dos jornais e da televisão a manipular a sociedade civil a protestar contra políticos e por conseqüência, Brasília, derrubou mais de uma dezena destes pertencentes à base governista.
Mas será que o real interesse midiático foi trazer ao receptor a verdade dos fatos ou a sua própria verdade? Na minha singela opinião, as grandes corporações da comunicação brasileira ao perceberam que não conseguiriam derribar o presidente oriundo do povo, resolveram atacar a sua base. Quantos e quantos companheiros de Lula caíram? Todos lembram dos episódios de Benedita da Silva, Pallocci e José Dirceu.
Por que a mídia não mostra o desastre e a estagnação da ditadura tucana no Estado de São Paulo nestes seus 20 anos gestão? Por que a mídia é conivente a elitização judicial das ações STF maestrado por Gilmar Mendes?
A maioria dos pilares apoiadores do Governo Lula a sofrerem algum tipo de denuncia originada ou apoiada pela mídia foram abatidos. Apenas Paulinho da Força, que ora joga no Corinthians e ora no Palmeiras e o fariseu José Sarney resistiram à mídia brasileira assim como Agnès Humbert em sua oposição diante à ocupação nazista na França.
João Guilherme falou os vários pontos que engessam e demonstram o poder e o unilateralismo da mídia no Brasil no atual período. E, em um dos seus célebres pensamentos disse: “Nós sindicalistas já conseguimos parar a Volkswagen do Brasil, a Vale do Rio Doce, a Petrobrás, mas independente do anêmico sindicalismo jornalístico no país, quem consegue parar a Rede Globo e companhia”.
Claro que o jornal o Estado de São Paulo levantou a bandeira nostálgica do período da ditadura, onde a liberdade de expressão era extremamente proibida. E, é lógico que toda imprensa foi solidária ao jornal e diferentes órgãos que lutam a favor da liberdade de imprensa manifestaram sua posição contra a justiça.
Eu abomino qualquer tipo de opressão. Sei da importância da liberdade de expressão e de imprensa e sua suma posição a mareação de qualquer regime democrático. No entanto, alguns pontos eu preciso manifestar.
Levando em consideração que o desembargador proibiu o Estadão de publicar informações sobre a Operação Barrica, o TJDF alega o que a vetar esse tipo de publicação pelo jornal?
Para quem não sabe, o que foi publicado pelo jornal corre em segredo de justiça, então a divulgação do conteúdo desse processo é proibido. E, talvez isso, foi o motivo pelo qual o departamento o jurídico do Estadão, até o presente momento, não entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a intervenção do TJDF em suas reportagens.
Uma análise conjuntural
Ontem, em uma conversa com o sindicalista chamado João Guilherme Vargas Netto, ele me fez entender o tamanho poder dos meios de comunicação no Brasil. E percebi, que diante estes quase oito anos de Governo Lula, como o cenário político nacional dialogou com a mídia e enxerguei como pouco mudou desde a derrubada de Collor pelos caras pintadas influenciados pela Globo.
A grande mídia tentou de todas as formas desestruturar o governo e, em partes, ela conseguiu. De uma forma voraz e continua, denuncias sobre os principais articuladores de Lula eram pautas manchetistas nas publicações dos rádios, dos jornais e da televisão a manipular a sociedade civil a protestar contra políticos e por conseqüência, Brasília, derrubou mais de uma dezena destes pertencentes à base governista.
Mas será que o real interesse midiático foi trazer ao receptor a verdade dos fatos ou a sua própria verdade? Na minha singela opinião, as grandes corporações da comunicação brasileira ao perceberam que não conseguiriam derribar o presidente oriundo do povo, resolveram atacar a sua base. Quantos e quantos companheiros de Lula caíram? Todos lembram dos episódios de Benedita da Silva, Pallocci e José Dirceu.
Por que a mídia não mostra o desastre e a estagnação da ditadura tucana no Estado de São Paulo nestes seus 20 anos gestão? Por que a mídia é conivente a elitização judicial das ações STF maestrado por Gilmar Mendes?
A maioria dos pilares apoiadores do Governo Lula a sofrerem algum tipo de denuncia originada ou apoiada pela mídia foram abatidos. Apenas Paulinho da Força, que ora joga no Corinthians e ora no Palmeiras e o fariseu José Sarney resistiram à mídia brasileira assim como Agnès Humbert em sua oposição diante à ocupação nazista na França.
João Guilherme falou os vários pontos que engessam e demonstram o poder e o unilateralismo da mídia no Brasil no atual período. E, em um dos seus célebres pensamentos disse: “Nós sindicalistas já conseguimos parar a Volkswagen do Brasil, a Vale do Rio Doce, a Petrobrás, mas independente do anêmico sindicalismo jornalístico no país, quem consegue parar a Rede Globo e companhia”.
É meu caro Mauricio. Nenhuma corporação tem tanto poder no Brasil quanto a nossa grande mídia, em especial a dona Rede Globo e seus pares: Folha, Estado, Abril. Somente uma mobilização monstro, de proporções nacionais poderia minar o poder deles. Porém, isso é uma utopia distante, muito distante...
ResponderExcluirAbraços
João
Mobilização monstro, gostei deste termo. Mas se é utopia meu caro João, vamos correr pelo menos pra tentarmos realizar esse sonho.
ResponderExcluir"Utopia que sonha junto é realidade"
ABRAÇOS ECO-LIBERTÁRIOS
Pois é Hermann, compartilhei desta mesma indagação quando via a cada dia nas capas do Estadão manchetes e mais manchetes sobre o "absurdo da censura".Todos sambemos que ninguém é santo nessa história, nem o Grupo Estado, muito menos nosso querido José Sarney. Porém, o fato que devemos questionar nesse caso específico é: o interesse do Estadão foi apenas cumprir sua missão democrática de levar informação à nação brasileira? Minha pouca bagagem já me permite dizer que não. Penso que o Grupo Estado agiu nessa sua "deseja pela liberdade de imprensa" de uma forma até psicológica, já explico meu ponto de vista: temos no Brasil uma memória muito recente de uma ditadura que nada teve de branda, sendo assim o termo "censura" rende muita discussão, indignação, revolta e nossas grandes corporações jornalísticas sabem muito bem como se aproveitar disso...Mas temos de devemos seguir em frente, mesmo que a censura, o caso Sarney ou a Gripe Suína tentem tapar nossos olhos. Aproveitando o gancho do João sobre a Utopia, fica uma reflexão proposta por Eduardo Galeano: "A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a autonomia? Serve para isso, para que eu não deixe de caminhar."
ResponderExcluirAbraços,
Patty
Partindo da premissa que temos presente um forte jogo de interesses não só no nosso país mas no mundo, creio que não seria uma tarefa fácil desafiar um imperio como a Rede Globo...
ResponderExcluirEssa briga só seria possível se tivesse cachorros grandes sendo feridos ou ameaçados.Existem muitos acordos que estão nas entrelinhas e que dificilmente chega até nós...ou talvez uma outra opção seria se surgissem veiculos de comunicação com um certo poder(economico e politico) para entrar na briga, e que fossem desafiadores e contra tudo isso, e que não aceitassem acordos, assim como ocorreu com os jornais alternativos na ditadura, mesmo sem este poder todo.Estou só supondo...rs
Intenções à parte de tais publicações pelos jornais,como Paty disse ninguém é santo, porém esta censura ao Estadão, continua sendo descabida, pois é movida por interesses. Tirar um direito da população de saber as mazelas do governo, e enfim a verdade, não dá pra aceitar!
Beijos da Butterfly
Maurício,
ResponderExcluirAcredito que essa situação seja "comum" também em outros países da América Latina.
Veja o golpe de Estado, articulado em 2002, na Venezuela, quando Chávez ficou dois dias fora do poder... (se não estiver errada)
Esse exemplo ilustra bem o poder midiático da TV, pois para validar qualquer ato do governo era necessário ir à TV.
Mudar esse panorama, só com revolução.
É isso...
Um grande abraço.
Carina