Que marcas você quer deixar no planeta? Calcule sua Pegada Ecológica.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Difícil decisão. Eu fico com o povo e você?

Na vida aprendemos que sempre devemos tomar uma posição diante a um fato. Estar alheio ou se isentar em algumas situações, muitas vezes é por medo da conseqüência ou comprometimento com a causa.
Quem mora em São Paulo ou já teve a oportunidade de pegar ou desembarcar em algum ônibus no Terminal Parque do Dom Pedro II, com certeza já se deparou com a grande quantidade de vendedores ambulantes que ali comercializam uma variedade de produto que vão desde o tradicional churrasquinho, a frutas, dvds e cigarros.
Ontem, depois de um ótimo passeio com minha namorada pelo centro de São Paulo, fomos até o Terminal para pegar o ônibus que nos leva pra casa. Ao atravessar a Praça Ragueb Chohfi -, local que parece mais uma feira permanente devido a grande quantidade barracas que vendem tênis, roupas e afins-, percebi que os ambulantes que ficavam paralelos ao terminal não mais se encontravam no local e o número de policiais que estava na região era grande
Não cheguei a presenciar a retirada dos vendedores, mas uma questão acompanhou meus pensamentos até eu desembarcar na zona leste. Foi certa a ação da prefeitura em retirar os trabalhadores do lugar?
Duas possibilidades verteram em minha razão e em meu coração.
Quem já passou por esse trecho do Parque Dom Pedro II, amiúde via a bagunça que era. Ali havia tantos vendedores que às até atrapalhavam o grande fluxo de pessoas que ali circulam nos horários de pico. Quem inspeciona a qualidade dos alimentos vendidos? Qual é o risco para saúde do consumidor? Inegável é a melhora visual, pessoas embriagadas, consumo de drogas e o enorme lixo produzido pelos trabalhadores não mais fazem parte do cenário local.
Por outro lado, caso estes trabalhadores não voltem a trabalhar ali o que vão fazer da vida? Como irão conseguir tirar o sustento para suas famílias? Apesar de trabalharem de forma ilegal, houve um diálogo da Prefeitura da Capital avisando-os para não ficarem mais ali
Nessa cidade sem lei que é São Paulo, o humilde trabalhador é sempre quem levará a pior. Pouco se vê o apoio do poder público junto aos desfavorecidos. Quais as conseqüências sociais dessa ação?
Pensar local e agir e global para essa situação do mercado informal em São Paulo é uma novela que o fim ainda está muito longe. Opto por ficar ao lado do povo, pois em situação na qual o opressor e o oprimido labutam, quem fica em cima do muro apóia a aristocracia.




2 comentários:

  1. Maurício,

    eu moro nesta região e convivo diarimente com esta realidade.

    Também senti essa mudança e me questionei se isso seria bom ou não...

    Na minha opinião, a situação desses ambulantes deveria ser reglarizada. Não acredito que
    tirá-los dali resolverá alguma coisa, pois eles se instalarão em outro lugar...

    A paisagem no Centro não é uma das melhores. Mas não podemos responsabilizar única e exclusivamente esses ambulantes.

    Há muitas coisas para se fazer e mudar!

    É isso...

    Um grande abraço!

    ResponderExcluir
  2. Concordo contigo Carina. É importante a participação do Prefeitura em políticas públicas para eles. Tirá-los dali não irá resolver nada. E, acredito que talvez essa ação aconteça por todo centro velho de São Paulo.

    ResponderExcluir